A história de uma cidade é contada por meio de fatos e acontecimentos. A pandemia da covid-19 foi um acontecimento que faz parte da história mundial e está inserida como um marco nesses 253 anos de Mogi Mirim. Como uma representação desse período de trevas, com muitas mortes, mas também de solidariedade pelo incansável trabalho dos profissionais da saúde para salvar vidas, Mogi Mirim foi presenteada com um ‘Memorial às Vítimas e aos Heróis da Pandemia’.
Trata-se uma escultura idealizada e produzida pelo escultor mogimiriano Weberty Alves, que fez a doação da peça para o Município. É na quarta-feira, 19, como parte da programação de aniversário da cidade, a Prefeitura promoveu a inauguração do Memorial, que está exposto na praça ‘Jornalista Valter Abrucez’, ao lado do Centro Cultural.
No formato do corpo de uma mulher, o memorial é feito de ferro vazado e moldado em 99 corações. As mãos segurando um coração vermelho significa o medo de perder a vida, mas também a luta pela sobrevivência. E o coração preto em seu interior simboliza o luto pela morte de 415 pessoas em Mogi Mirim, vítimas da pandemia.
A escultura está é exposta com uma máscara e luvas, representando os profissionais de saúde, os chamados heróis da pandemia, que não mediram esforços para salvar vidas. Entre idealizar, conceituar e produzir a peça, Webert levou um ano e oito. Todo o custo foi dividido entre o escultor e os vários amigos que o ajudaram nessa iniciativa, seja com produtos ou serviços.
Weberty foi motivado a produzir o memorial pela perda de amigos e familiares para a covid-18. “Fiz o que meu coração mandou fazer. Acho que consegui passar todo o meu sentimento e o que as pessoas sentiam. Esse memorial simboliza um sentimento que iremos carregar para sempre e para que a gente possa refletir. Ver e não esquecer do que a gente passou. Não podemos esquecer das vidas perdidas, das vidas salvas e dos profissionais da saúde que trabalharam incansavelmente para salvar vidas”, ressaltou.
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