A morte de Rita Lee (1947-2023) completa, neste 8 de maio, exato um ano. Em conversa com o jornalista Julio Maria, em reportagem publicada pela revista Piauí, o músico e companheiro da artista, Roberto de Carvalho, revelou que tem trabalhado para musicar letras inéditas deixadas pela artista.
“Ainda estou descobrindo o que ela deixou. Tem muita coisa. Dia desses, encontrei um caderno cheio delas”, contou. Embora o texto não seja preciso a esse respeito, ele cita “Ego”, composição que já tinha sido revelada ao público no best-seller “Rita Lee: uma autobiografia” (2016).
“Eu amo esses versos”, disse Roberto. Em um dos trechos, a artista escreveu: “Do Deus que duvidei, o sim/Das mortes que vivi, o além/Dos vícios que virei refém/Dos bichos que sou, felina/Na velha que estou, menina”.
A reportagem também cita a existência de numerosas gravações não oficiais, como sobras e ensaios em fitas demo nunca antes reveladas e o lançamento de uma música ainda em maio. Um videoclipe inédito deve ser exibido no “Fantástico” à ocasião, ainda incerta.
“As coisas vão sair, mas ainda estou nesse processo de montanha-russa”, diz Carvalho. “Ao mesmo tempo em que sei que tenho que fazer essas coisas, que os shows me farão bem, posso não conseguir decidir se devo ou não sair do quarto.”
A última parceria do casal R&R foi “Change”, canção bilíngue lançada em 2021.
Em seu perfil no Instagram, Roberto relembrou nesta madrugada a passagem da amada, publicando um texto emotivo. “Sangra meu coração e depois, por favor, me acalma. Traga de volta minha alma. Atenua essa vontade de partir. Tanto amor não pode terminar em dor Vou juntar muita coragem Para a última viagem até você. Até sempre, meu amor”, escreveu.